quarta-feira, 14 de abril de 2010

A Maçonaria e sua História

A MAÇONARIA E SUA HISTÓRIA

A origem da Maçonaria é tema que certamente suscita muita controvérsia. Contudo, é certo que o homem, por excelência, é um ser inquieto, especulativo.

Nesse contexto, podemos concordar com a observação da presença do "espírito de maçom" no homem que, "ao sair de sua caverna para olhar o sol e o firmamento com seus milhões de astros, se perguntou se ele estava só naquela imensidão do universo e quem havia criado tudo aquilo".

Ao começar a especular sobre sua origem e o que lhe transcendia o corpo físico, o homem enunciou o principal princípio da Maçonaria - a crença na existência de um Ser Supremo - o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO.

Esse espírito sempre acompanhou o homem no seu processo de civilização. Esteve presente em Noé, em Maomé e existiu durante o predomínio da Civilização Egípcia.

Compreender a história do homem e seu papel na Terra e estabelecer metas de conduta e de convivência fraterna é a força que regeu o espírito de maçom em todos os tempos.

Várias agremiações, no sentido de agregar homens de boa vontade, surgiram ao longo da história. Vale mencionar as sociedades iniciáticas egípcias, romanas, gregas, judias, da antiga China, a cavalaria das Cruzadas, os Templários, os Carbonários. Esses grupos, por seus membros, reuniam vasto conhecimento sobre hermeticismo, cabalismo, alquimia, ocultismo e detinham instruções religiosas, morais, sociais e ritualísticas.

Por suas intrínsecas características, muito além da mera necessidade, a arte de construir sempre expressou várias manifestações dessas aspirações e conhecimentos reunidos pelo homem.

Surgiram as guildas - primitiva Sociedade de Pedreiros de Ofício - que reuniam trabalhadores especializados em construir, primeiro em madeira e depois em pedra, e voltados para a elaboração e a construção principalmente de templos, catedrais e palácios, na maioria góticos e românicos. As reuniões eram realizadas em construções pequenas, situadas ao lado da obra principal.

Vale aqui ressaltarmos dois períodos da Idade Média como fundamentais na organização das relações, tanto comerciais como profissionais. Um, a Baixa Idade Média apoiada na agricultura e no regime feudal - o comércio com papel secundário. O outro período, a Alta Idade Média, marcada pelo surgimento das corporações de ofício, com ao objetivo de regular tarefas, salários, produção, especificação de produção.

Com a diminuição das execuções de grandes construções e ainda como resultante do contato espiritual e cultural entre os arquitetos muçulmanos e cristãos por toda Europa medieval, as guildas, aos poucos, deixaram de ser associações exclusivamente de Pedreiros de Ofício - maçons de ofício - e começaram a admitir associados de outras profissões e outras agremiações, em sua maioria homens com alguma contribuição cultural: cátaros, templários, rosacruzes, pensadores, intelectuais, filósofos, cientistas, padres, e que tinham em comum a busca incessante pela verdade e um preceito de liberdade. Passaram esses associados de outras profissões a serem chamados de Maçons Aceitos.

Essa transição, como todo o processo, se deu de forma bastante lenta até que os maçons aceitos se tornaram maioria e se concentraram no Deísmo e nos preceitos naturais no intuito de reunir os homens acima das religiões, isto é, independentemente de sua religião, conservando e difundindo a crença na existência de Deus (monoteísmo) e ajudando os maçons a ordenarem suas vidas e orientarem os seus procedimentos segundo os princípios e a prática de uma moral capaz de unir todos os homens, sejam quais forem suas crenças.

Os novos grupos se expandiram. Os espaços acanhados das reuniões realizadas nos anexos das obras foram abandonados e trocados por outros recantos, alguns em isoladas salas nas tabernas, estalagens, cafés e hospedarias como a "Ganso e Grelha", a "Coroa", a "Macieira" e a "Topázio", onde se reuniam maçons que precederam as 4 Lojas que serviram de alicerce para a fundação da Grande Loja de Londres em 24 de junho de 1717.

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